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Vampiro da Tuiuti volta à Sapucaí sem faixa presidencial na fantasia

  • Foto do escritor: Ibison Souza
    Ibison Souza
  • 19 de fev. de 2018
  • 2 min de leitura

Uma das figuras mais comentadas do carnaval carioca, o vampiro-presidente da Paraíso do Tuiuti, vice-campeã do Grupo Especial, desfilou sem a faixa presidencial no último sábado (17). Segundo informações do barracão da escola, emissários da presidência da República pediram à Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) que impedisse a entrada do destaque. Questionado, o professor de História Léo Moraes, de 40 anos, disse que não tinha recebido essa informação, e que desfilaria com a faixa. Logo depois ele afirmou que perdeu o adereço no fim da apresentação de domingo. A reportagem do GLOBO, no entanto, viu o momento que o professor entregou a faixa para um funcionário da escola guardar dentro de um carro.


"Ele (o vampiro) representa um sistema. Isso que está acontecendo no Rio de Janeiro hoje, para qualquer um que tenha um conhecimento de história, é preocupante. A gente fica até com medo de se manifestar. Eu espero que isso não seja um grande retrocesso", disse o professor.


O carnavalesco Jack Vasconcelos disse que não teria como negar ou confirmar a informação. "Para ser muito sincero eu passei o dia isolado. Acabei de chegar aqui. Não posso confirmar ou negar essa informação, pois seria leviano", disse.


Mais cedo, o diretor da escola Thiago Monteiro disse que Léo Moraes havia sofrido um mal-estar, mas que a participação dele no desfile estava garantida.


Ao fim da apresentação, o professor de história recebeu a orientação de se descaracterizar rapidamente. Ainda mesmo na dispersão ele retirou a maquiagem e a roupa de vampiro. De acordo com fontes da escola, até duas horas antes do desfile a informação era de que professor não desfilaria, mas depois resolveram que ele entraria na Avenida, mas sem a faixa.

A Tuiuti caiu nas graças da internet e foi destaque até na imprensa internacional ao levar para a Avenida o enredo "Meu Deus, meu Deus, está extinta a escravidão?", com uma crítica social ao racismo e a exclusão social. Na parte final do desfile, a agremiação trouxe uma sátira política e criticou a Reforma Trabalhista e da Previdência.


A assessoria de imprensa do Palácio do Planalto negou, no domingo (18), que tenha feito qualquer pedido à escola de samba.


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