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Moro nega suspensão de perícia em sistema eletrônico da Odebrecht

  • Foto do escritor: Ibison Souza
    Ibison Souza
  • 16 de fev. de 2018
  • 1 min de leitura

Em despacho desta quinta-feira (15), o juiz federal Sérgio Moro negou pedido feito pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que fossem suspensos os trabalhos de perícia no sistema eletrônico de contabilidade de propinas da Obebrecht.


O pedido foi feito no âmbito do processo relacionado ao Instituto Lula, que ainda tramita em primeira instância.


Os advogados do ex-presidente solicitaram que a perícia fosse interrompida argumentando suspeitas de fraude.


Na decisão, o juiz ponderou que possíveis manipulações são justamente o objeto da perícia em andamento, uma vez que o que foi solicitado são esclarecimentos sobre a autenticidade dos registros digitais e da origem dos mesmos.


Ao negar o pedido, Sérgio Moro escreveu no despacho que “a pretensão da Defesa de suspensão da perícia por suspeita de fraude não faz o menor sentido”, já que o exame foi determinado exatamente em decorrência de questionamentos anteriores por parte dos advogados de Lula acerca da autenticidade dos documentos extraídos do sistema e juntados aos autos.


O sistema em questão é o MyWebDay, mais tarde substituído pelo Drousys, que era utilizado pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, a área que foi criada dentro da empreiteira exclusivamente para gerenciar os pagamentos de propinas.


Conforme depoimentos prestados no processo, o sistema era abastecido com informações das vantagens indevidas repassadas pela empreiteira. Na denúncia feita pelo MPF, entre esses pagamentos estariam valores para a compra do imóvel do Instituto Lula, em São Paulo, capital, e ainda de um apartamento vizinho ao do ex-presidente em São Bernardo do Campo.


De acordo com o MPF, os valores passaram dos 500 mil reais. A defesa do ex-presidente nega todas as acusações.


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