top of page

Desvendando a Biologia Marinha: profissão, carreira e mercado de trabalho

  • Foto do escritor: Ibison Souza
    Ibison Souza
  • 10 de jan. de 2018
  • 3 min de leitura

A biologia marinha é tradicionalmente uma área de especialização (pós-graduação) em ciências biológicas. Com o crescimento da demanda específica nos conhecimentos da manutenção e reprodução da vida marinha, foram criados cursos de graduação nesta área, principalmente nas regiões sul e sudeste. Pesquisar a vida do ambiente marinho é a principal tarefa desse profissional, mas trabalhar em empresas, cuidando de temas ambientais, é uma de suas muitas possibilidades de atuação.


O biólogo marinho estuda os seres vivos que habitam os ecossistemas marinhos, incluindo aí não apenas os oceanos, mas também ambientes como as zonas de mangue, praias, costões, recifes, estuários, atóis e todos os lugares onde pode florescer a vida marítima.


"A Biologia Marinha é uma profissão para apaixonados, que vem ganhando cada vez mais espaço e importância no mercado de trabalho. O aquecimento global e a poluição dos oceanos são alguns dos problemas do mundo atual cujo impacto esses profissionais podem ajudar a minimizar", relata o biólogo e professor Vanbasten Rocha (IG @prof.vanbastenrocha).


O dia a dia de um biólogo marinho pode variar bastante de acordo com a empresa em que trabalha e com o caminho escolhido por ele. Sua atuação pode ser tanto no âmbito público quanto no privado.


É bastante provável que o biólogo marinho trabalhe em equipes multidisciplinares, compostas por oceanógrafos, zoólogos, botânicos, geólogos e outros profissionais especializados. Cada um tem o papel de contribuir em sua área específica, mas, em geral, todos compartilham um ideal que os levou a escolher carreiras que têm em comum o amor à vida e às espécies vegetais e animais.


De acordo com Vanbasten, o biólogo marinho, em seu trabalho, deve demonstrar profundos conhecimentos não somente sobre os animais e plantas que vivem no mar, mas também sobre variáveis ambientais como salinidade, níveis de acidez do meio aquático (pH), profundidade, pressão, iluminação, movimento de ondas e marés, entre outros fatores que impactam a vida marinha.

Arrecifes de corais, Ilha de Itamaracá, Pernambuco (Foto: @Prof.VanbastenRocha)



O mercado de trabalho para o biólogo marinho


O mercado para o biólogo marinho é promissor e está em ascensão. Isso porque cada vez mais as preocupações ambientais estão em pauta em empresas e governos. Para assessorar empresários e orientar a elaboração de normas legislativas, a participação do especialista é fundamental.


Além disso, estão em alta também as pesquisas ambientais e o apoio a projetos que estudam e defendem os ecossistemas ameaçados pelo avanço da industrialização e o consequente aquecimento global. Então, seja como consultor ou pesquisador, o biólogo marinho é um profissional requisitado.


Naturalmente, os principais mercados estão nas cidades do litoral brasileiro, mas também há possibilidades em capitais do interior do país, para o trabalho de pesquisa em laboratório, na atividade docente em universidades ou no ensino médio, por exemplo.


Quanto ganha um biólogo marinho?


A média nacional para um biólogo é de R$ 2.600. Esse é um número médio, que não considera particularidades como o porte da empresa, a região do país e o tempo de experiência.


O Site Nacional de Empregos (SINE) já especifica mais a informação. De acordo com o levantamento do SINE, um biólogo em começo de carreira, em uma empresa de médio porte, recebe cerca de R$ 2.500. Já os rendimentos de um profissional com mais de seis anos de mercado podem ultrapassar os R$ 6.000 mensais em uma empresa de grande porte. E com o passar dos anos e o aumento das responsabilidades, um biólogo pode chegar a receber um salário de cerca de R$ 8.000.


Como se tornar um biólogo marinho


Biologia Marinha é um curso relativamente novo nas faculdades brasileiras. Antes de surgir essa graduação específica, o estudante tinha que se graduar em Ciências Biológicas para depois fazer uma especialização em Biologia Marinha. Esse caminho continua valendo, e por isso vamos comentar aqui sobre as duas possibilidades:

  • Graduação direta em Biologia Marinha

  • Graduação em Ciências Biológicas + especialização em Biologia Marinha

  • O bacharelado pode durar de 4 a 5 anos. Forma biólogos com conhecimentos aprofundados e uma visão generalista da profissão, a partir de uma grade curricular abrangente.

  • A licenciatura é um pouco mais curta: dura cerca de quatro anos e forma professores de Ciências ou Biologia. Por isso, algumas matérias voltadas à pedagogia e à didática fazem parte do curso.


Seja qual for a sua escolha (bacharelado ou licenciatura), é fundamental verificar se a instituição está credenciada pelo Ministério da Educação (MEC) para oferecer o curso, o que garante a validade do diploma.


Ao se formar, você terá que se inscrever no Conselho Regional de Biologia (CRBio) de seu estado, condição obrigatória para o exercício da profissão. E, então, poderá pensar em fazer uma especialização em Biologia Marinha.


Esse curso de especialização também não é oferecido em grande número no Brasil. Mas observa-se, pouco a pouco, um maior interesse das instituições de ensino em investir nessa área, já que o mercado de trabalho mostra-se favorável a esse tipo de profissional especializado.


Comments


bottom of page