Motorista responsável por colisão na Tamarineira é indiciado por triplo homicídio
- Ibison Souza
- 5 de dez. de 2017
- 2 min de leitura

A Polícia Civil concluiu ontem o inquérito sobre o crime de trânsito ocorrido no último dia 26 de novembro, no bairro da Tamarineira. A investigação confirmou o indiciamento do estudante João Victor Ribeiro de Oliveira Leal, 26 anos, como responsável por três homicídios e duas lesões graves. Os resultados de todas as perícias solicitadas pela polícia também já foram entregues e anexadas ao inquérito, finalizado dois dias antes do prazo inicialmente previsto.
No fim da tarde de ontem, o delegado de Delitos de Trânsito, Paulo Jean, entregou o material na Central de Inquéritos do Ministério Público de Pernambuco. O MPPE vai analisar o inquérito para verificar se há necessidade de alguma diligência adicional. Por se tratar de ação civil pública, o Ministério Público é o responsável por fazer a denúncia junto ao Tribunal de Justiça de Pernambuco.
Não existe prazo para a conclusão desta etapa, mas dentro do MPPE os trâmites em relação a esse tipo de caso costumam ser céleres. O promotor de Justiça que ficará responsável pela homologação do inquérito será conhecido hoje.
Embriagado, João Victor colidiu um Fusion contra o RAV4 em que estavam a servidora pública Maria Emília da Motta Silveira, 39, o filho dela, Miguel Neto, 3, e a babá Roseane de Brito, 23, grávida de quatro meses. Os três morreram, além do feto. Também ocupavam o carro o esposo de Maria Emília e pai de Miguel Neto, o advogado Miguel Arruda da Motta Silveira, e a filha do casal, Marcela, 5. Pai e filha estão internados. O acidente ocorreu em 26 de novembro.
João Victor deve permanecer preso no Cotel até decisão judicial. Na semana passada, o advogado dele, Manoel Marcos, entrou com pedido, na 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, pela transferência a uma clínica de reabilitação. O TJPE informou que o juiz Ernesto Bezerra despachou a petição na sexta-feira, informando que aguarda a chegada do inquérito para analisar o pedido do advogado. “O pedido não foi sequer analisado”, afirmou a assessoria de comunicação do tribunal.
Segundo Manoel Marcos, também foi solicitado à defesa a juntada de documentos que comprovem que o estudante é dependente químico. O advogado da família Motta Silveira, André Caúla, disse que ainda não teve acesso ao inquérito, mas deve tê-lo hoje.
Pai e filha apresentam evolução
Miguel Arruda da Mota Silveira Filho, 46 anos, e Marcela Guimarães da Motta Silveira, 5 anos, ambos sobreviventes da colisão que resultou em quatro mortes, apresentaram evolução. Miguel, que estava no CTI do Santa Joana, foi transferido para um apartamento, mas ainda não tem previsão de alta. Ontem, ele visitou pela primeira vez a filha, que está em coma e respirando com ajuda de aparelhos, mas vem reagindo a estímulos e já mexe os braços. Hoje, amigos e familiares das vítimas do acidente realizarão, a partir das 14h, na Rua do Imperador, um ato pela paz no trânsito “Dirigir Alcoolizado é Crime”. Às 17h, haverá uma missa no Salão Pleno do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), onde Maria Emília trabalhou.
コメント