Delegado e organizadora do concurso do TJPE trocam acusações
- Ibison Souza
- 25 de out. de 2017
- 2 min de leitura

Nesta terça-feira (24), O Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC), lançou uma nota de esclarecimento referente as recentes declarações do delegado titular da Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) de João Pessoa, Lucas Sá, acerca da suposta fraude ocorrida no concurso público do Tribunal de Justiça de Pernambuco.
Segundo o delegado, houve obstrução nas investigações por parte da organizadora, não contribuindo com a “Operação Gabarito”, iniciada na Paraíba e que já prendeu 31 pessoas e identificou mais de 100 concursos fraudados no Nordeste.
Sá informou que os indícios de fraude no concurso são fortes, uma vez que as investigações da operação comprovaram que os suspeitos já estavam “vendendo” vagas para o TJPE em março.
“Encaminhei material para a Polícia Civil de Pernambuco, através da inteligência, e para o IBFC para que eles atuassem na segurança (do concurso). Mas no dia 17 de outubro, ou seja, dois dias depois do concurso, quando surgiram as denúncias, eu entrei em contato com a polícia e o delegado disse que não havia sido possível identificar atitudes suspeitas porque o instituto não permitiu que houvesse investigação”, comentou Lucas Sá.
Leia também:
De acordo com a nota, o Instituto esclarece que, ao contrário que foi divulgado pelo delegado, “nunca impediu qualquer investigação policial realizada na Operação Gabarito” e que tem “contribuído ativamente com todas as autoridades envolvidas”.
Ainda segundo o instituto, Sá nunca solicitou “qualquer acesso aos locais de prova do concurso público, tendo o IBFC encaminhado ao mencionado delegado, todas as informações acerca dos candidatos que já eram investigados pelas autoridades policiais, garantindo o amplo acesso a estas informações”.
O delegado Lucas Sá se defendeu de acusações feitas pelo Instituto. “É muito bom pedir direito de resposta depois que a situação aconteceu e eles não deram nenhum suporte”, voltou a afirmar, alegando que o IFBC não facilitou as investigações.
“Como as irregularidades deles são flagrantes, inúmeras, eles não têm como se defender, então passam a tentar se justificar e para variar sempre atacam o trabalho da Polícia. O que a gente tem a informar é que a população analise as provas que nós encaminhamos e tirem as conclusões por si só”, finalizou.
Veja na integra a nota divulgada pelo IBFC:
Comments