Prefeito de São Lourenço diz ser vítima de um Golpe
- Ibison Souza
- 29 de set. de 2017
- 2 min de leitura

Na tarde desta sexta-feira (29), o prefeito afastado de São Lourenço da Mata, Bruno Pereira (PTB), investigado pelo desvios de dinheiro público em sua gestão, afirma está tranquilo em relação às investigações sobre a operação, que iniciou na última terça-feira (26), pela Polícia Civil e pelo Ministério Público de Pernambuco. Segundo o político, as queixas de fraude em licitações públicas têm cunho político.
"Estou tranquilo e certo de que todos os fatos serão esclarecidos. Estamos aqui para mostrar que estamos 100% confiantes na justiça. Não vou aceitar nenhum tipo de golpe. A denúncia foi feita por um vereador e vamos provar que é inverídica", declarou o prefeito. Indagado sobre quem seria o parlamentar citado por ele, o prefeito disse que não mencionaria nomes. Nos bastidores, consta-se que ele se referia ao presidente da Câmara Municipal, Denis Alves.
Em relação aos R$ 23 mil em espécie encontrados em sua casa no dia em que a Operação Tupinambá foi deflagrada, Bruno Pereira alegou que R$ 14 mil eram de seu pai e outros R$ 6 mil eram de seu irmão. "Eu tenho costume de guardar dinheiro em casa e tinha R$ 3 mil meus. Ficou comprovado que a outra parte era do meu pai e do meu irmão, nós moramos na mesma casa e eles também tinham dinheiro guardado", justifica.
Outro ponto, diz respeito a um vídeo divulgado na imprensa com a suposta retirada de documentos do prédio da prefeitura. Durante a coletiva, o prefeito e seus assessores esclareceram que se tratava de um caminhão que fazia a manutenção das impressoras do local. Já quanto o fluxo de informações constantes no site de prestação de contas do Tribunal de Contas de Pernambuco, questionado pelo órgão que informou ter valores alterados com frequência, o controlador do município, José Felipe, afirmou que "não há nenhuma ingerência com relação aos dados. Não foram alterados". Sobre a denúncia feita por uma advogada que constava no Portal de Transparência da cidade como médica, José Felipe disse que em 2017 ela não estava no quadro de funcionários. "Temos a informação por parte da denúncia feita no Ministério Público que se tratava de uma senhora de nome Ana Carla Brito e sabemos que ela prestou serviço em 2015 e 2016, mas em 2017 não. Um empenho foi lavrado neste sentido, mas cancelado depois que constatou-se que ela não era funcionária da gestão", pontuou.
Ao lado do gestor afastado, o senador Armando Monteiro (PTB) reforçou o apoio da legenda ao político e a tese de "golpe" defendida pelo prefeito. "Pude perceber a firme disposição do prefeito em fornecer todas as informações necessárias. Atitude reveladora do compromisso que ele tem com a população que o elegeu. Do nosso partido estamos ao seu lado. Não é possível conceber que algumas injeções tomem um mandato conferido pelo povo", cravou. Além de Armando, o presidente estadual do PTB, deputado José Humberto Cavalcanti também estava na coletiva.
Foto: Marina Meireles/G1
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